Você imaginou uma área do tamanho da Europa (10.180.000 km2)
ou dos EUA (9.834.000 km2), ou ainda da China (9.597.000 km2) totalmente
coberto por uma imensa floresta? Essa pergunta é instigante e ao mesmo tempo
gera uma das melhores respostas para abrandar o fenômeno das mudanças
climáticas. Numa área de 9.200.000 km2, localizado no continente africano, o
deserto do Saara, que correspondendo a
35% do seu território está a solução para o planeta.
Como isso é possível?
Precisamos promover uma sinergia de governança planetária,
onde possamos atingir todos os países e seus governos, empresas e a população,
para uma resolução para conter o avanço das altas temperaturas do globo
provocadas pelas atividades dos seres humanos.
Podemos recapitular as melhores maneiras de reduzir e conter
as causas das emissões dos gases do efeito estufa:
1. Redução da população, com
incentivos de campanhas educativas, como prioridade do filho único por família;
2. Redução na produção e consumo de
proteína animal (bovinos, suínos e aves). Essa indústria provoca desmatamento e
queimadas de florestas, tendo como consequência a diminuição da biodiversidade
e dos seus inúmeros serviços ambientais prestados ao meio ambiente, como por
exemplo: resfriamento do solo, produção de oxigênio, de água e absorção de gás
carbônico;
3. Recuperação de áreas degradadas e
plantio de árvores em regiões urbanas, para a absorção do gás carbônico e promoção na alteração do ciclo hidrológico presente na atmosfera;
4. Fomentar a produção de energia
elétrica por fontes limpas e incentivos tecnológicos pela eficiência dos
equipamentos no consumo e produção de carbono zero;
5. Eliminar o uso dos combustíveis fósseis pela eletrificação dos meios de
transportes e incentivos da mobilidade da bicicleta.
Mas nenhuma delas será tão eficiente e rápida quanto a
formação deste manto florestal, esse novo pulmão verde, que poderá ser aliado a
todas essas alternativas para frear as altas temperaturas globais.
O Mural marrom e quente é formado pela Argélia, Chade, Egito,
Líbia, Mali, Marrocos, Mauritânia, Níger, Tunísia, Sudão, Etiópia, Djibuti e
Somália. Estes países africanos possuem níveis baixíssimos de umidade relativa
do ar, com temperaturas podendo atingir mais de 50 ºC e as chuvas são quase nulas.
Liderando a governança
Acreditamos que é necessário esse entendimento de forças
políticas para resolução no enfrentamento das inúmeras adversidades econômicas
e sociais da região.
Recurso e implantação
do projeto
Os recursos financeiros podem advir da cobrança de uma taxa
de transação econômica internacional, da pegada ecológica de vistos
internacionais e de doações das fundações como a Microsoft,
Apple, Tesla Motors, Google, IBM, Facebook, WhatsaApp, Samsung, Instagram, BYD,
Goldwind, Vestas, Netflix e Nidec.
Para a implantação do projeto, serão necessários a
contratação de uma legião de biólogos, agrônomos, engenheiros, administradores,
ecólogos e diversos colaboradores para formação do quadro de fomento das
atividades.
Será necessária a construção de inúmeros viveiros com plantas
da região, para atender os critérios do plantio, como também a construção de
poços artesanais, cisternas para armazenamento de água e construção de canais
de irrigação. Além, da criação de sistemas de geração de energia limpa para
alimentar todo o projeto.
Cabe a nós, a geração do presente, deixar um futuro de
esperança, de vida e paz para as gerações futuras. Não é demais lembrar que sem
essas medidas, aliadas às outras, nosso futuro comum será tenebroso, para não
dizer que não haverá futuro algum. Essa é uma gigantesca oportunidade do maior
desafio da raça humana. Conta ao nosso favor, inteligência, tecnologia e união
entre os povos do planeta para não afundarmos nosso único transatlântico azul.
Natal/RN, 25 de abril de 2018.
Haroldo Mota
Ativista Ambiental, Administrador de Empresa, possui
pós-graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, presidente e
fundador da ONG Baobá.
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