Destruição de 7 hectares de mata
atlântica no cartão postal nas margens dos manguezais do rio Potengi – Natal / RN.
A capital potiguar foi
abençoada pelo seu esplendor verdejante de suas florestas de matas atlântica e
de manguezal, além de contar com seus inúmeros cordões de dunas, essa é a nossa
característica geografia.
Quando sobrevoamos a
cidade de Natal, pensamos de imediato que o paraíso é aqui. Quando navegamos a
por sua costa, de longe seus edifícios aparecem, mas o brilho maior são seus
grandes atrativos naturais de suas dunas e manguezais de um verde intenso.
Nosso estado tem o nome
de Rio Grande do Norte por causa do rio Potengi. O rio Potengi corta toda a
cidade. É justamente nas margens do seu leito que existe uma importante área de
proteção ambiental, denominada ZPA 08, formada por uma floresta de manguezal,
protegida ao longo do rio por uma mata ciliar de floresta de mata atlântica,
onde nascentes de águas cristalinas, encontram-se abundantemente.
Como cidadão potiguar
apaixonado por minha terra e por suas belezas naturais, quero fazer um grande
apelo.
Mas, quase não é
preciso dizer muito não, pois as imagens que aparecem neste publicação, mostra toda
uma incompreensão humana, pelo qual estamos vivenciando nesse tempo de extrema
mudança climática, como assistimos recentemente neste ano de 2017, numa temporada
incomum de diversos tornados e furações que destruíram vários países do caribe,
atingindo uma parte do México e dos EUA, como nunca visto anteriormente.
É urgente que os
ministérios Público Federal e Estadual embarguem de vez esta obra. Existem
alternativas menos impactantes e conscientes que tragam sustentabilidade, e que
não sejam nesta área.
Temos que agregar valor
financeiro no aspecto ambiental, pelo conjunto de suas belezas cênicas,
paisagísticas e na possibilidade de um conjunto de edificações fora da ZPA 08,
que possa se instalar, como um novo polo de desenvolvimento turístico para a
capital potiguar e na implantação efetiva do Parque dos Mangues do Rio Potengi.
Reconhecemos a
importância e a necessidade urgente dos serviços de saneamento e tratamento das
águas servidas da população. Mas não é por esse motivo que devemos permitir a
construção dessa ETE (Estação Tratamento de Esgoto) nas margens do rio Potengi,
na localidade da gamboa do rio
Jaguaribe.
Diante de tudo isso,
temos que mudar. Não podemos assistir de braços cruzados, na porta da entrada
da nossa casa, na sala de visita, que nossa riqueza biológica da floresta de manguezal
e sua mata ciliar, de mata atlântica sejam sugadas pela gestão pública bancada com
o capital do contribuinte.
Haroldo Mota
Ambientalista
Natal RN
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